Home Tragédia Maior tragédia da história do Rio Grande do Sul registra mais de 100 vidas perdidas

Maior tragédia da história do Rio Grande do Sul registra mais de 100 vidas perdidas

por Anderson Weiler

O número de municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas fortes chuvas chega a 425. Os dados constam no boletim da Defesa Civil estadual atualizado às 9h da última quinta-feira (09).

O balanço aponta ainda 107 mortes confirmadas decorrentes dos temporais e um óbito em investigação para confirmar se há relação com os eventos meteorológicos recentes.

No momento, o número de desaparecidos chega a 136. No levantamento oficial, em todo o estado há 374 feridos.

Com 10,88 milhões de habitantes, de acordo com o Censo de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já são 1.476.170 de pessoas afetadas pelas chuvas que ocorrem desde 29 de abril. Dos 497 municípios gaúchos, 425 sofreram alguma consequência dos temporais. As cidades atingidas no Estado já representam 85% do total. Os municípios que registraram mais mortes foram: Cruzeiro do Sul (8), Gramado (7), Santa Maria (6) e Bento Gonçalves (6).

O governo contabiliza ainda 164.583 pessoas desalojadas, e 67.542 pessoas estão temporariamente em abrigos.

A previsão é de tempo frio e seco na maior parte do estado. As temperaturas devem cair, chegando a 4 graus Celsius (ºC) nas regiões mais frias. Em Porto Alegre, a mínima deve ser de 12ºC, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

TORRES

Algumas comunidades do interior do município também tiveram problemas com as fortes chuvas que atingiram o Estado. Alguns agricultores das comunidades de Rio Verde, Jacaré, Areia Grande, Pirataba, entre outros tiveram prejuízos nas suas lavouras.

As principais estradas, que ligam essas comunidades à BR-101 ficaram alagadas, caso da Estrada Geral do Jacaré e da Avenida José Amâncio da Rosa.

Na Estrada Geral do Jacaré, as águas baixaram mais rapidamente, com o trânsito fluindo no local. A Avenida José Amâncio da Rosa, no trecho da comunidade do Rio Verde, demorou um pouco mais para que o trânsito fluísse. As águas do Rio Mampituba invadiram a estrada e até alguns pátios e residências. De acordo com os moradores do local, a água chegava na altura da cintura, o que dificultou o trânsito de motos e veículos mais baixos.

Na última quinta-feira (09), o trânsito já estava praticamente normalizado, com água ainda nas estradas, mas bem mais baixas do que no início da semana, possibilitando a passagem de carros, motos e o escoamento da produção.

Agora, os agricultores da região aguardam as águas baixarem para contabilizar os prejuízos. Nas comunidades do interior de Torres há produtores de banana, arroz, soja, maracujá e outros produtos que dependem agora do sol para que a safra seja boa.

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