Partilho, em partes, a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões de 2025:
“Faço votos de que seja um tempo de graça para todos, na companhia do Deus fiel, que nos regenerou em Cristo ressuscitado ‘para uma esperança viva’. Desejo recordar alguns aspectos relevantes da identidade missionária cristã, para que nos deixemos guiar pelo Espírito de Deus e arder no santo zelo por uma nova estação evangelizadora da Igreja, enviada a reanimar a esperança em um mundo sobre o qual pairam densas sombras.
Ao celebrarmos o primeiro Jubileu Ordinário do Terceiro Milênio, mantemos o olhar em Cristo, centro da história, que é ‘o mesmo ontem, hoje e para sempre’. Ele, na sinagoga de Nazaré, declarou o cumprimento da Escritura no ‘hoje’ de sua presença histórica. Revelou-se como o Enviado do Pai, com a unção do Espírito Santo, a fim de levar a Boa Nova do Reino de Deus e inaugurar ‘o ano da graça do Senhor’ para toda a humanidade. Nesse místico ‘hoje’, que se prolonga até o fim do mundo, Cristo é a plenitude da salvação para todos, sobretudo para aqueles cuja única esperança é Deus.
Em sua vida terrena, Ele “andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos” do mal e do Maligno, restituindo a esperança em Deus aos necessitados e ao povo. O Senhor Jesus continua o seu ministério de esperança em favor da humanidade por meio de seus discípulos, enviados a todos os povos e acompanhados misticamente por Ele. Inclina-se sobre cada pobre, aflito, desesperado e oprimido pelo mal, derramando “sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança”. A Igreja, comunidade dos discípulos missionários de Cristo, obediente ao seu Senhor e Mestre e animada pelo mesmo espírito de serviço, prolonga essa missão em meio aos povos, oferecendo a sua vida por todos.
Enquanto enfrenta perseguições, tribulações e dificuldades, bem como as próprias imperfeições e quedas de seus membros, a Igreja é constantemente impelida pelo amor de Cristo a perseverar, unida a Ele, em seu caminho missionário, e a escutar, como Ele e com Ele, o grito da humanidade sofredora, o gemido de toda criatura à espera da redenção definitiva. Eis a Igreja que o Senhor chama sempre e para sempre a seguir os seus passos: “não uma Igreja estática, mas uma Igreja missionária, que caminha com o Senhor pelas estradas do mundo”.
Sigamos, assim, inspirados a trilhar os passos do Senhor Jesus, a nos pôr a caminho para sermos, com Ele e n’Ele, sinais e mensageiros de esperança para todos, em qualquer lugar e circunstância que Deus nos conceda viver. Que cada batizado, discípulo-missionário de Cristo, faça brilhar a Sua esperança em todos os cantos da terra!”