De sete a quatorze de julho, em todas as paróquias da Diocese estaremos rezando e refletindo a Pastoral do Dízimo. Gostaríamos muito que todos os católicos das nossas comunidades buscassem responder a estas perguntas: como entendo o dízimo? Já fiz essa experiência de forma livre e consciente? Se ainda não sou dizimista, por que?
Antes de tudo deixar claro que ninguém é obrigado a partilhar o dízimo. Ser dizimista é uma questão de amor e de fé. É uma decisão livre e responsável. Só partilha quem reconhece ter recebido e sente-se Igreja e quer participar ativamente nela. Para dar dinheiro basta tê-lo. Par ser verdadeiro dizimista precisa crer e reconhecer que pertencemos a essa instituição humano-divina que é a Igreja.
Muitos são os verbos usados para falar do dízimo: colaborar, pagar, ofertar, doar, consagrar, entregar, recolher, arrecadar, apresentar, retribuir, contribuir, devolver, partilhar… Os dois últimos melhor traduzem o verdadeiro sentido do dízimo: devolver e partilhar. Somente devolve quem reconhece ter recebido e somente partilha quem tomou consciência que pertence a uma comunidade vinculante.
Como expressa o doc. 106 da CNBB: “O cuidado com a motivação permanente em vista do dízimo está relacionado com a vivência integral da fé, que implica também a inserção na comunidade eclesial. Promove-se o dízimo cultivando a fé”. Quando falta a fé o dízimo se torna taxa, imposto, um peso a suportar. O valor partilhado tão mesquinho que chega a ser vergonhoso.
Quando motivada pela fé, a pessoa sente-se bem, feliz e realizada, honrada e agradecida por poder participar da vida e da missão na comunidade. Como expressava aquele humilde catador de papel: “Sou dizimista e sou feliz!”
A opção por partilhar o dízimo não deve ser motivada pelo medo do castigo, mas por ter entendido que é o melhor modo de viver a caridade cristã. Essa decisão de partilhar o dízimo nasce de um coração convertido. Ser dizimista é uma questão de amor e de fé.
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