Os servidores públicos municipais de Torres realizaram na última terça-feira (30) uma manifestação, por volta das 17h, com saída das imediações do Posto Central e do supermercado Bom Rancho no Centro. O ato buscou demonstrar a insatisfação da categoria em relação ao Projeto de Lei da Reforma Administrativa encaminhado pelo Executivo.
Segundo os organizadores, a proposta prevê cortes nos vencimentos dos servidores sob o argumento de economicidade, ao mesmo tempo em que cria novos cargos e amplia salários em funções de alto escalão, o que pode gerar impacto superior a R$ 8 milhões por ano na folha de pagamento.
A mobilização ocorre um dia após a 31ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores, realizada na segunda-feira (29), que contou com forte presença de servidores no plenário. Muitos levaram cartazes com frases como: “Por melhores condições de trabalho. Renovação da frota municipal já”, “Corta hora extra, corta diária. Quem vai fazer o nosso trabalho?” “Outubro chegou. Cadê os nossos 2%? 2% é direito e não favor”, “Servidores esperando e ajuste sumindo”. As manifestações reforçaram a pressão sobre os parlamentares e a cobrança por respostas do Executivo.
Em nota à Rádio Maristela, a gestão municipal esclarece que a Reforma Administrativa tem como objetivo modernizar a máquina pública, regularizar funções já existentes e criar estruturas técnicas para ampliar a eficiência e a agilidade no atendimento à população. O projeto prevê a reorganização de secretarias, a criação de cargos técnicos em áreas estratégicas e a adoção de medidas de controle e redução de gastos, como a diminuição de horas extras, diárias e comissões.
A administração destaca que já implementou, entre janeiro e setembro de 2025, medidas de valorização do serviço público, como reajuste salarial, aumento real nos vencimentos, ampliação do vale-alimentação, complementação salarial de 2%, implantação do vale para contratados e o turno único. O próximo passo é avançar em etapas que incluem a Reforma Administrativa, adequação das classes do Magistério, plano de carreira da Educação, Reforma da Previdência e cálculo atuarial, para então viabilizar o novo concurso público.
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