O segundo domingo do mês vocacional é dedicado aos pais, cuja vocação é gerar a vida no amor e oferecer condições saudáveis e dignas de crescimento humano e espiritual aos filhos.
Falar dos pais é falar da família, por isso a Igreja do Brasil promove, nestes próximos dias, a Semana da Família. É ocasião para refletir e tomar consciência da beleza e da grandeza da vocação à paternidade e à maternidade.
O simples fato de duas pessoas poderem procriar não significa que estejam preparadas para assumir as consequências que derivam da relação conjugal. É assustador ver adolescentes iniciando precocemente um relacionamento sexual estável com o consenso dos “pais”.
O filho que chega esperado, desejado, amado desde o momento da sua concepção, por pais bem casados e com estabilidade de vida, tem tudo para dar certo. Ser pai e ser mãe assim é algo bonito: é vocação! O matrimônio é vocação santa.
Os jovens que pensam em casar e ter filhos devem se preparar espiritual, psicológica e também financeiramente para essa nobre missão de gerar, proteger, educar e cuidar da vida.
Sabemos o quanto é importante a presença efetiva e afetiva da figura do pai no desenvolvimento humano e no amadurecimento afetivo dos filhos e filhas. Uma psicologia séria não pode deixar de reconhecer a importância, tanto da figura masculina quanto da feminina, na formação da identidade do ser humano.
O Papa Francisco dizia:
“Toda criança tem direito a receber o amor de uma mãe e de um pai, ambos necessários para o seu amadurecimento íntegro e harmonioso… não separadamente, mas também do amor entre eles, como ninho acolhedor e fundamento da família. Se, por alguma razão inevitável, faltar um dos dois, é importante procurar alguma maneira de o compensar, para favorecer o adequado amadurecimento do filho.”
E ainda:
“Deus coloca o pai na família, para que, com as características próprias da sua masculinidade, esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo: alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho. Pai, presente sempre. Estar presente não significa ser controlador.”
Espero que essa palavra paterna e amável do Papa Francisco ajude os homens a carregar nos ombros a graça de ser pai, e que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor.
Dom Jaime Pedro Kohl, bispo Diocesano