A Igreja Católica Romana provoca seus seguidores a vivenciarem, em setembro, o mês da Bíblia, numa referência a uma de suas figuras históricas ilustres que teria se dedicado a uma primeira grande tradução dos textos até então disponíveis em cópias gregas ou hebraicas. Tal fato favoreceu para que o cristianismo se expandisse entre judeus e não judeus num império que detinha o “controle do mundo”. Isto aconteceu naqueles primeiros séculos considerados da “era cristã”.
Em cada ano é proposto um tema inspirado num livro ou contexto bíblico como provocação para reflexões e aprofundamento da fé e também compromissos com a prática do bem viver a partir dos princípios assumidos como cristãos.
Neste ano o tema está focado num dos escritos do Novo Testamento, a carta de Paulo aos Romanos e traz como lema “a esperança não decepciona”.
As pessoas interessadas ou que se sentirem provocadas é válido a busca por material, disponível também em sites, que esclarece elementos desta carta. Especialmente o contexto e as intenções deste personagem Paulo de Tarso.
Nestas linhas, atenho-me ao lema.
Ainda assim, faço questão de situar que o Império Romano era na época detentor de um controle do mundo. Por isto, Império. E entendia que tudo o que estava ao seu alcance deveria estar sob os caprichos de seu poder. Para tanto, contava com uma organização e poderio militar extraordinário. Era detentor de um controle econômico sobre o que era produzido e comercializado nas rotas que ligavam suas províncias em qualquer direção. A política de domínio era estabelecida através de taxações ou impostos. Uma elite desfrutava destas vantagens transformadas em luxo e mordomias.
Romper com esta lógica dominante era uma afronta reprimida com uma variedade de recursos. Intimidações, invasões, expulsões, prisões e pena de morte.
É neste entrevero que a ideia de uma esperança abre espaços. Provoca rompimentos e, mesmo na contramão, permite avançar pensamentos e ações transformadoras. Na própria carta, o autor usa o termo como verbo numa perspectiva de ação.
O contexto e os fatos da semana nos remetem ao tema.
É tempo de esperançar, com a convicção de que “a esperança não decepciona”.