Uma avó conta que certo dia sua filha lhe telefonou do pronto-socorro. Sua neta, Juliana, de apenas seis anos, tinha caído de um brinquedo no pátio da escola e havia ferido gravemente a boca. A avó foi buscar as irmãs de Juliana na escola e passou uma tarde agitada e muito tensa, cuidando das crianças, enquanto aguardava que a filha retornasse com a menina machucada. Quando finalmente chegaram, as irmãs menores da Juliana correram para os braços da mãe.
Ela entrou silenciosa na casa e foi se sentar na grande poltrona da sala de estar. O médico havia suturado a boca da menina com oito pontos internos e seis externos. O rosto estava inchado, a fisionomia estava modificada e os fios dos cabelos compridos estavam grudados com sangue seco.
A garotinha parecia frágil e desamparada. A avó se aproximou dela com o máximo cuidado. Conhecia a neta, sempre tímida e reservada. – Você deseja alguma coisa, querida? perguntou.
Os olhos da menina fitaram a avó firmemente e ela respondeu: – Quero um abraço.
À semelhança da garotinha machucada, muitas vezes desejamos que alguém nos tome nos braços e nos aninhe, de forma protetora. Quando o coração está dilacerado pela injustiça, quando a alma está cheia de curativos para disfarçar as lesões afetivas, gostaríamos que alguém nos confortasse. Quando dispomos de amores por perto, é natural que os busquemos e peçamos: “Abrace-me. Escute-me. Dê-me um pouco de carinho”. Contudo, quando somos nós que sempre devemos confortar os outros, mais frágeis que nós mesmos, ou quando vivemos sós, não temos a quem pedir tal recurso salutar. Todavia, temos alguém a quem sempre podemos recorrer e ele está sempre nos esperando: Jesus Cristo.
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