Depois de mais de duas décadas de expectativa, o governo do Estado confirmou que vai finalmente duplicar a RS-389, a conhecida Estrada do Mar. O projeto, considerado essencial para o Litoral Norte, começará a sair do papel com a contratação dos estudos iniciais prevista para o início de 2026, segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
A rodovia, que liga Osório a Torres, tem cerca de 90 quilômetros e atualmente possui apenas uma pista simples, sem acostamento. O novo estudo técnico vai apontar cronograma, custos e prioridades de execução, além de avaliar a possibilidade de permitir o tráfego de caminhões mais pesados, hoje proibido. Atualmente, veículos com peso superior a 23 toneladas, mais de três eixos ou carga perigosa não podem circular pela estrada.
De acordo com as estimativas iniciais, o custo da duplicação deve variar entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões por quilômetro. A obra será dividida em lotes, permitindo que o governo priorize os trechos mais movimentados, como o que liga Osório a Capão da Canoa — um dos pontos com maior fluxo de veículos durante o verão.
Outro ponto positivo é que toda a faixa onde a ampliação deve ocorrer já pertence ao Estado, o que elimina a necessidade de desapropriações e deve agilizar o processo. O anteprojeto a ser elaborado ao longo de 2026 definirá também a sequência de obras e o modelo de execução a ser adotado.
Ainda não há informações sobre o trecho municipalizado em Torres, que passou à responsabilidade da Prefeitura nos últimos anos. A reportagem do Grupo Maristela entrou em contato com as assessorias do Daer e da Prefeitura de Torres, mas até o fechamento desta matéria, não havia retorno sobre se o trecho estará incluído na duplicação.
A duplicação da Estrada do Mar é uma das demandas mais antigas da região e deve trazer mais segurança, fluidez no trânsito e desenvolvimento econômico para os municípios do Litoral Norte, especialmente durante a temporada de verão, quando o fluxo de veículos aumenta significativamente.
Foto: Igor Lins