Há mais de meio século ficou estabelecido a data de 05 de junho como do Dia Mundial do Meio Ambiente. Numa conferência das Nações Unidas (ONU), a preocupação com o planeta como um ambiente a ser preservado mais do que explorado entrou na pauta de muitas reflexões e orientações posteriores. Estudos e dados estatísticos já apontavam na época que estávamos consumindo em fontes naturais numa velocidade superior à capacidade de regeneração. Estamos gastando a terra. Em termos mais diretos, estamos comprometendo o futuro do planeta e a nossa própria existência nas condições em que fomos gerados. Um dos reflexos desta exploração sem limites é a acelerada mudança climática que presenciamos em eventos extremos como o que nos atingiu agora no mês de maio no RS. E não é apenas um fato isolado.
Neste dia também recordo uma expressão que virou chacota quando um aluno secundarista escreveu em uma redação: “devemos preservar não só o meio ambiente, mas todo ele”. Provavelmente não era sua intenção, mas a ideia do ambiente como um todo é fundamental para pensarmos o futuro do planeta. Nossas ações de agressão não podem ser resumidas apenas ao lixo que entendemos “jogar fora” ou as águas que poluímos com nossos esgotos. Pensar o ambiente é pensar também o que comemos e o caminho que este alimento percorre até chegar em nosso prato. Pensar o ambiente é pensar o trabalho e a profissão que exercemos. Pensar o caminho que percorremos para juntar nossas “riquezas”. É também pensar em quem confiamos e votamos como representantes nas diferentes esferas de poder. É pensar e repensar o consumo.
E foi exatamente num gesto de pensar o consumo que há 25 anos, neste dia 05 de junho, inaugurava-se a Cooperativa de Consumidores Ecologistas de Três Cachoeiras – COOPET. Um jeito alternativo de comprar comida. Uma tentativa de aproximar quem produz e quem consome com responsabilidade no cuidar do ambiente como um todo. Ambiente que envolve terra, plantas, bichos e gente. Ambiente que provoca para novas relações e exige resistência numa arena de concorrências porque viver o espírito cooperativo ainda é complexo.
Nosso reconhecimento e cumprimentos a quem se envolveu e se mantém nesta proposta. Que continue a frutificar.
Ja é assinante?
Faça seu login agora mesmo, e tenha acesso a todo o conteúdo exclusivo.