O assessor eclesiástico para a Liturgia da Diocese de Osório, pe. Marlon Ramos Lopes, publicou um artigo que convida fiéis e comunidades a redescobrirem o verdadeiro sentido do Advento. Em meio à correria típica de dezembro, o presbítero reforça que este é um tempo de espera serena e cheia de esperança, no qual gestos e sinais sensíveis, como o presépio, a árvore e a coroa do Advento, ajudam a iluminar o coração e a preparar o espírito para o nascimento de Jesus Cristo.
No artigo, pe. Marlon destaca que esses símbolos, quando expostos também em locais externos das igrejas e casas, transformam-se em verdadeiros testemunhos públicos de fé. Um presépio ainda incompleto, uma coroa com velas que se acendem semana após semana e uma árvore simples apontando para o céu se tornam lembretes silenciosos da luz que vence as trevas e do verdadeiro centro da celebração natalina: o Emanuel, Deus conosco. Para o ambiente interno da igreja, o presbítero orienta simplicidade, sobriedade e uma pedagogia da espera, que ajude a comunidade a viver de forma progressiva o caminho até o Natal.
Pe. Marlon também ressalta que o desejo de montar presépio e árvore antecipadamente deve ser acolhido, mas sempre guiado pela lógica litúrgica. A manjedoura vazia, a iluminação ainda contida e a chegada gradual das figuras, incluindo os Magos apenas na Epifania, formam uma catequese silenciosa que educa o olhar e o coração. Essa preparação gradual, explica o assessor, conduz os fiéis a uma vivência mais profunda e verdadeira do Mistério da Encarnação.
Além disso, o presbítero reforça que os símbolos natalinos colocados em espaços externos, como jardins, praças e fachadas de igrejas, podem se transformar em discretos anunciadores da fé cristã. Para ele, mesmo antes de receberem todas as figuras, presépios expostos publicamente já despertam reflexão e convidam quem passa a recordar que o Natal celebra o maior dom concedido por Deus à humanidade: o nascimento de seu Filho. Da mesma forma, a coroa do Advento, visível externamente, sinaliza semana após semana o avanço desse tempo de preparação, mostrando que a luz de Cristo cresce e dissipa as trevas.
No texto, pe. Marlon observa que esses gestos simples contrastam com o ritmo acelerado das comemorações consumistas, que muitas vezes esvaziam o significado espiritual deste período. Para ele, a presença de presépios, árvores e coroas em locais abertos é um testemunho silencioso, capaz de recordar às comunidades a alegria contemplativa que deve caracterizar o Advento. Esses sinais, afirma, anunciam discretamente o Emanuel, Deus conosco, e ajudam a reacender no coração das pessoas o sentido autêntico do Natal.